Grupo de 32 brasileiros repatriados deve pousar em Brasília no fim da noite desta segunda. Na capital federal, vão receber cuidados médicos e psicológicos, antes de se dirigirem ao destino final. Os brasileiros que devem chegar da Faixa de Gaza na noite desta segunda-feira (13) se espalharão por quatro estados e o Distrito Federal após passarem pelo menos um dia na Base Aérea de Brasília recebendo cuidados médicos e regularizando a documentação. O grupo, de 32 pessoas, vai se dividir da seguinte forma, de acordo com o secretário nacional de Justiça, Augusto Botelho:
4 têm família em Brasília e ficarão no DF
12 ficarão com as família no estado de São Paulo
12 que não têm mais familiares no Brasil ficarão em abrigo no interior de São Paulo
2 vão para Florianópolis
1 vai para Cuiabá
1 vai para Novo Hamburgo (RS)
Segundo o secretário, o abrigo no interior de São Paulo foi "disponibilizado pelo governo federal através das parcerias e convênios que o Ministério do Desenvolvimento Social tem".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá receber os brasileiros na noite desta segunda na Base Aérea da Brasília.
Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, o governo do Brasil entrou em contato com os brasileiros que estavam em Gaza e que manifestaram vontade de sair de lá, para fugir do conflito.
Os bombardeios em Gaza começaram no dia 8 de outubro. Desde então, a diplomacia brasileira iniciou a operação para trazer o grupo de volta. Primeiro, o Itamaraty organizou um deslocamento dos brasileiros do Norte para o Sul de Gaza, onde poderiam passar para a fronteira com o Egito.
Em seguida, o governo negociou com Israel, Egito e Catar para incluir os nomes dos brasileiros na lista do que podem atravessar a passagem da fronteira egípcia. Os brasileiros deixaram Gaza no domingo (12).
Antes, o governo já havia trazido de volta para o país brasileiros que estavam em Israel. Para o secretário nacional de Justiça, repatriação dos brasileiros de Gaza foi a mais difícil que o país realizou na guerra até agora.
"Foi a negociação mais difícil, mais dolorosa. Acho que quando envolve uma quantidade grande de crianças, o envolvimento emocional é muito grande", afirmou Botelho.